segunda-feira, 7 de março de 2011

Caryocar brasiliense – O pequizeiro

Esse post foi sugerido por nosssa colega do 5º período, Adriana, ou simplesmente: "Dri" =D. Então dedicamos a ela, principalmente, as informações sobre o pequizeiro, mas também a todos que se interessam por essa curiosa espécie da flora do nosso Cerrado.
Façam como ela: sugiram, peçam, nos motivem sempre a buscar informações, ainda mais que o período de aulas retornaram e novas obrigações surgem a cada dia!
VLW!!

Há um bioma muito importante para o mundo e nele é encontrada uma espécie arbórea muito interessante economicamente no que diz respeito a culinária da região onde tal árvore habita.
Falamos nesse trecho de Cerrado e Caryocar brasiliense.
De imediato, para posicionar o leitor dentro dos limites das “Savanas Brasileiras” se fará rapidamente uma apresentação de algumas características do bioma.
ÁREA: 2.045.064 Km2
ENCONTRADO EM: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e no Distrito Federal.
IMPORTÂNCIA: No Cerrado, nascem os rios que formam seis das principais regiões de hidrográficas brasileiras: Parnaíba, Paraná, Paraguai, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Amazônica. O potencial hídrico do Cerrado dá ao bioma o título de Berço das Águas. Até mesmo a bacia hidrográfica do Amazonas recebe as águas que brotam no Cerrado.
ECOSSITEMAS: cerrado, cerradão, campestre, floresta de galeria, cerrado rupestre e campo sujo.
CLIMA: Tropical Sazonal, de inverno seco. A precipitação média anual fica entre 1 200 e 1 800 mm. A temperatura média anual é de 25° C, podendo chegar a marcações de até 40° C na primavera.

Agora, indo para o que mais interessa: falar sobre o piqui, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari ou piquiá. (OU MELHOR, O PEQUIZEIRO).

Dos ecossistemas listados anteriormente, sabe-se que o pequizeiro habita predominantemente o cerrado e o cerradão. Nos campos sujos também encontra-se pé de piqui em forma de subarbusto, devido as queimadas que dificultam o seu crescimento longitudinal, mas não o impossibilita de desenvolver, haja vista a profundidade de suas raízes.
TAXA DO PIQUI:
      divisão: angiospermas;
      classe: magnoliopsida
      ordem: malpighiales;
      família: caryocaraceae;
Flor do pequi com 5 pétalas esbranquiçadas, livres,
que recobrem um conjunto de estames vistosos
      gênero: caryocar.
MORFOLOGIA: árvore do tipo tronco, de crescimento simpodial de médio porte. Muito ramificado, o que caracteriza muitas árvores do Cerrado. Seus ramos são grossos e têm súber acinzentado com fissuras longitudinais. Suas folhas são compostas, opostas, trifolioladas. Flores de até 8 cm de diâmetro, hermafroditas, dialipétala composta por 5 unidades de pétalas esbranquiçadas.
REPRODUÇÃO: Floresce, normalmente, de agosto a novembro e seus frutos amadurecem de setembro até o início de fevereiro (com mais frequência em novembro).
IMPORTÂNCIA:
Percevejo em protocooperação com uma formiga no
pequizeiro.
           ECOLÓGICA: Um exemplo curioso de sua importância ecológica, além do simples fato de ser uma espécie natural que influencia diretamente no equilíbrio ecológico do bioma cerratense, é a a relação de protocooperação que existe entre uma espécie de formiga e outra de percevejo, que parasita o pequizeiro. O percevejo (Hemíptera), em estágio imaturo de desenvolvimento, parasita o pequizeiro, enquanto mantêm a relação com a formiga (Himenóptera), que se alimenta do líquido adocicado produzido pelo percevejo. Alimentada a formiga o protege de eventuais agressores. ambos se beneficiam, menos a árvore que é parasitada. Mas desde que o percevejo não se torne praga, não há um prejuízo significativo para a planta.
          MEDICINAL: tratamento de problemas respiratórios, além de estimularem o funcionamento do fígado. Tem sido observado um aumento acentuado de infecções fúngicas, as quais contribuem para uma elevada taxa de mortalidade em pacientes imunocomprometidos. Já foi descrita a atividade antifúngica das folhas, dos dois principais componentes presentes no óleo essencial das sementes, além dos óleos fixos da amêndoa e da semente de pequi sobre isolados de C. neoformans var. neoformans e de C. neoformans var gattii. Foi verificado que a parte mais ativa contra os fungos é a cera epicuticular da folha, coletada no período da seca, inibindo o crescimento de 91,3% dos isolados de fungos;
           CULTURAL E GASTRONÔMICA: O pequi integra a base cultural do centroeste brasileiro, sendo um elemento que compõe a culinária regional do Cerrado. “Arroz com Pequi” é o prato típico de Goiás, onde o fruto também é tradicionalmente preparado em gordas e saborosas galinhadas. O emprego do pequi na dieta da população regional já tem mérito terapêutico, uma vez que é excelente na prevenção e combate à hipovitaminose A por ser uma importante fonte regional de carotenóides.

E NÃO PODEMOS DEIXAR DE DAR A DICA, MUITO CONHECIDA PELOS APRECIADORES DESSE FRUTO DESCRITO NESSE POST:
A POLPA DO PEQUI DEVE SER COMIDA COM MUITO CUIDADO, POIS RECOBRE UMA CAMADA DE FINOS ESPINHOS QUE PODEM ACABAR SENDO FINCADOS NA LÍNGUA E NO CÉU DA BOCA DE QUEM SE ALIMENTA DE SEU FRUTO. RASPEM COM CUIDADO SÓ A PARTE AMARELA DO FRUTO E BOM APETITE.

2 comentários:

  1. Adorei o assunto...quem foi a moça bonita e charmosa que deu essa idéia??rs.. brincadeira.
    Muito interessante sobre o percevejo e também a parte medicinal. O pequi está na nossa cultura e devemos saber sobre ele.
    Um grande abraço!
    Adriana Campos
    P.S.: adorei a dedicatória!

    ResponderExcluir
  2. Olá galera, sou floresteira da UnB,adorei o blog de voces... e parabéns!

    ResponderExcluir