segunda-feira, 18 de abril de 2011

Concretiza-se um evento audacioso e inovador na área de engenharia e tecnologia da UFG

O I CET, organizado pelos estudantes dos cursos de Engenharia, é o maior evento da área já ocorrido na universidade

Começou na segunda-feira, dia 11 de abril, às 10 horas da manhã, o I Congresso de Engenharia e Tecnologia da UFG (I CET). O evento tem origem na união das diversas semanas acadêmicas dos cursos de Engenharia, como é o caso da Semana de Engenharia Civil e a Semana de Engenharia Aberta. Por tradição, esses eventos são organizados pelos próprios estudantes dos cursos. No I CET não foi diferente: estudantes dos vários centros acadêmicos dos cursos de engenharia da UFG se reuniram para discutir e planejar o que seria o maior evento de Engenharia da universidade.



Nas palavras da diretora de comunicação e marketing do evento, Emely Kely de Souza Gomes, essa iniciativa corajosa “concretiza-se em um evento grandioso e inovador”. De acordo com ela, entre os objetivos do congresso estão a criação de pontes entre o mercado de trabalho e a universidade e a promoção do encontro e discussão entre os estudantes dos cursos de engenharia. Ao todo, 14 cursos participam do congresso: Agronomia, Arquitetura, Biotecnologia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Computação, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia de Minas, Engenharia de Produção, Engenharia Química e Engenharia de Software.


A mesa de abertura do I CET foi composta pelo magnífico reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, o diretor da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação, professor Reinaldo Gonçalves Nogueira, o diretor da Escola de Engenharia Civil, professor Osvaldo Luiz Valinote, o diretor do Instituto de Química, professor Neucírio Ricardo de Azevedo, o vice-diretor da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, professor Robson Maia Geraldine, a vice-diretora do Instituto de Informática, professora Cristiane Bastos Rocha Ferreira, o superintendente da regional goiana do Instituto Euvaldo Lodi, Humberto Rodrigues de Oliveira, o professor coordenador do I CET, Enes Gonçalves Marra, o diretor geral do I CET, Uaitã Pires do Nascimento (graduando de Engenharia Química), a diretora de comunicação e marketing, Emily Kely Gomes (graduanda de Engenharia Elétrica), o diretor financeiro do evento, Marco Antônio Borges Benedetti (graduando de Engenharia Civil), a diretora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, professora Regina Maria Bringel Martins e o diretor-secretário da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Hélio Naves, representando a instituição.


Durante a solenidade, o professor Enes Marra aproveitou para agradecer ao apoio da FIEG e da sociedade goiana como um todo e ressaltar a magnitude do evento, que até o dado momento já ultrapassava 1.300 inscrições – número recorde para um evento da área. Em sua palavra, o reitor Edward Madureira primeiramente agradeceu a ousadia dos estudantes em realizar o evento, considerado por ele um marco na história da UFG. O reitor também falou sobre o crescimento da UFG – detalhando a criação dos novos cursos de engenharia nos últimos anos – e das demais universidades federais do país, e pelo bom momento que elas tem no cenário brasileiro atual.

domingo, 10 de abril de 2011

O Paisagismo - simples assim: qualidade de vida!

Encontramos esse artigo tratando sobre a profissão do paisagista.
Além de interessante é bem pontual e objetivo.
Todos os créditos a autora Aliz de Castro, que fez uma excelente abordagem das características dessa especialização associada a depoimentos de profissionais da área.
Vinculado a seção de ambiência também, o paisagismo sempre foi e será muito importante principalmente quando se fala em qualidade de vida.

Leiam e tirem suas próprias conclusões:

Paisagismo: o florescer de uma profissão 
“É preciso gostar e ter critérios, o paisagista não pode ser confundido com jardineiro jamais”.  - Maria de Fátima Francisco (paisagista há 15 anos)

Até nos sonhos mais românticos a paisagem principal é a de um jardim, rico em cores e pureza. O próprio paraíso, constantemente idealizado por artistas, poetas, cineastas, é representado por meio de imensos jardins verdes, desenhados por flores, enfeitados por pássaros, denotando a inquestionável predominância da natureza. Talvez na realidade do dia-a-dia a visão sobre as paisagens que nos cercam não seja tão romântica assim, mas é fato que o reconhecimento dessa necessidade pelo que é natural vem crescendo. A prova disso é o espaço cada vez mais conquistado pelos Paisagistas, profissionais que se dedicam a desenhar e contemplar a natureza por meio de seus jardins.
Croqui simples de um projeto
paisagístico
O paisagismo não é uma profissão nova. O projeto paisagístico estabeleceu-se realmente no Brasil por uma ação do Imperador Dom Pedro II com obras como a dos parques São Cristóvão, São Clemente e Campos de Santana, no Rio de Janeiro. Mas é na década de 30 que a atividade paisagística começa a “florescer” no Brasil, através do trabalho revolucionário de Roberto Burle Marx, paisagista autodidata, mundialmente consagrado por suas obras inovadoras e por seus múltiplos talentos, pois era também artista plástico, arquiteto, designer, pintor e tapeceiro. Burle Marx não tinha diploma, mas no meio paisagístico é considerado o maior Arquiteto Paisagista do século 20. Sempre associando seu trabalho à arquitetura, não há como deixar de citar a parceria de Burle Marx com Lúcio Costa e Oscar Niemayer, conhecidos como arquitetos revolucionários. Juntos, marcam a modernização da arquitetura brasileira.
O paisagista é considerado um artista da natureza. É ele quem faz o planejamento de espaços públicos, como praças e parques, além de atuar em residências e empresas privadas, criando jardins e áreas verdes em setores urbanos, rurais, recreativos e ecológicos. Para a arquiteta paisagista Maria de Fátima Francisco, há 15 anos na profissão, “Paisagismo não é modismo, tem que ser trabalhado junto com a arquitetura”. Ela defende que esse trabalho consiste em analisar uma série de itens para se obter bons resultados. Seguindo a mesma linha de pensamento, a também arquiteta paisagista Maria Rosângela de Oliveira Saad, 25 anos de profissão, diz que construção e paisagismo representam algo que deve ser trabalhado e formulado em conjunto: “o Paisagismo é a roupa da casa”, afirma.

Foto de um projeto paisagístico executado

O paisagista, profissional empenhado em defender a ecologia e a melhorar a qualidade de vida, não pode ser confundido com jardineiro, o que é muito comum. O Paisagista não só enfeita o mundo criando belas paisagens, mas pode atuar em projetos de restauração e preservação, pois sua atividade depende de conhecimentos técnicos de desenho, botânica, agronomia e engenharia florestal. “Jardineiro não é Paisagista. Jardineiro planta, o Paisagista elabora todo o projeto e analisa as condições”, diz Rosângela. Maria de Fátima defende: “É preciso gostar e ter critérios, o paisagista não pode ser confundido com jardineiro jamais”.
A maioria dos profissionais em paisagismo são autônomos e contam com o apoio da Associação Nacional de Paisagismo  ANP, fundada em 1995 com o intuito de desenvolver e valorizar a atividade paisagística no Brasil. Existe, ainda, a polêmica sobre a regulamentação da profissão, já que a Organização Internacional do Trabalho reconhece as profissões de Arquiteto, Urbanista e Arquiteto Paisagista como independentes. A questão é intensamente discutida em Congressos e Organizações envolvidos com a atividade. A grande preocupação é criar órgãos reguladores e fiscalizadores que garantam a qualidade do profissional que atua na área e dos serviços prestados à sociedade. Cláudio Fernandes, Engenheiro Agrônomo que atua há 8 anos como paisagista diz que “profissionais não graduados incomodam quando deixam de mexer com ornamentação para tratar também de manutenção e técnica, entendidas apenas por profissionais graduados”. Raquel de Toledo Barros Baeta, paisagista há 14 anos, não é graduada, mas o gosto por plantas a fez procurar cursos de paisagismo. “Não mexo com edificação, só com a parte de jardinagem”, declara. Apaixonada pela profissão, Raquel valoriza muito o contato com a natureza: “o que procuro fazer é copiar o que tem na natureza”, esclarece.
Existem vários cursos e especializações em Paisagismo, mas a preocupação de quem defende a regulamentação reside no fato de existirem muitos cursos de curta duração descomprometidos com a real responsabilidade do Paisagista, habilitando muitas pessoas de forma inadequada. “Paisagismo agora é moda”, diz Raquel, e continua: “hoje existem mais comércios com espaços específicos para jardinagem”. Para Maria de Fátima, o crescente número de profissionais sem nível universitário torna a concorrência desleal, pois estes “cobram valores fora da realidade porque não oferecem o mesmo serviço”. Já Rosângela acha que a falta de informação e conhecimento mais aprofundados sobre a atividade, faz com que as pessoas não a valorizem e, conseqüentemente, não entendam a utilidade de um projeto paisagístico fundamentado nos conhecimentos técnicos: “as pessoas não têm uma cultura paisagística”, desabafa. Ela ressalta que o ideal é que o paisagismo acompanhe o processo de construção para que haja harmonia, mas geralmente não é o que acontece: “dentro da construção o paisagismo é a pior área, porque é deixada em último plano, geralmente quando a pessoa já gastou demais e não tem mais dinheiro”, esclarece. Cláudio não acha que a atividade seja pouco divulgada, mas que o mercado é muito restrito, porque “o cidadão comum não pensa em paisagismo”.
Problemas como falta de fornecedores que produzam quantidade e qualidades de plantas diferentes também é uma queixa: “assim fica difícil inovar”, diz Fátima. Além disso, e da falta de conhecimento das pessoas, Cláudio fala da dificuldade em formar mão-de-obra especializada, já que “profissionais que entendem são poucos, e por causa do grande numero de profissionais não especializados é preciso trabalhar com uma margem de lucro muito baixa”.
Embora o número de paisagistas não graduados esteja aumentando, e alguns casos representem ameaça aos princípios da profissão, há o indicativo de que o paisagismo está crescendo e conquistando espaço, já que cada vez mais os habitantes das grandes cidades fogem para o interior em busca do verde e do ar puro. Têm crescido também os espaços específicos para venda de artigos para jardinagem, bem como a criação de programas de computador próprios para projetos paisagísticos. Esse aumento mostra que, cada vez mais, pessoas sentem a necessidade e a utilidade do trabalho desses artistas naturais. “O paisagismo está se popularizando mais graças a Deus”, diz Raquel com alegria. Independente do “modismo”, como Fátima se refere aos cursos de curta duração, “sempre tem serviço”, declara. Cláudio também atribui a maior procura ao aumento no número de condomínios fechados, “onde as pessoas, por estarem ‘presas’, sentem mais a necessidade do contato com a natureza”.
Junto com o crescimento, floresce o encanto dessa profissão tão criativa e espontânea, que, mesmo com algumas dificuldades, é formada por peculiaridades poéticas. O Paisagista não apenas enriquece a paisagem, mas influi na qualidade do ar, do ambiente e da vida. “O paisagismo é vivo, serve para renovar o ar, atrair pássaros...”, diz Fátima, satisfeita, que acrescenta: “mexer com plantas ajuda até a curar doenças como a depressão”. O trabalho paisagístico tem o poder de transformar por meio das plantas, que se revelam com o tempo. Cláudio resume: “o paisagismo é como uma moldura que valoriza a obra”. Fátima, que também não esconde o amor pela profissão, não hesita ao dizer que “a terra é mágica”. E é através da dedicação, do gosto e da sensibilidade desses profissionais que o mundo pode se tornar um lugar repleto de flores e verde, pois, como conclui Raquel, “o desejo de todo mundo é estar num jardim”.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mecanismo de Sequestro de Carbono

Devido a correria dos últimos dias os blogueiros e também universitários diminuiram sem querer a quantidade de postagens por dia.
Este post trata de um assunto muito discutido ,questionado por muitos e desconhecido também.Espero que gostem e terminem de ler a matéria completa clicando aqui .

"Sequestro de carbono é um processo de remoção de gás carbônico. Tal processo ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros organismos que, por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. É a captura e estocagem segura de gás carbônico (CO2), evitando-se assim sua emissão e permanência na atmosfera terrestre.
O conceito de seqüestro de carbono foi consagrado pela Conferência de Quioto, em 1997, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera, visando à diminuição do efeito estufa.
As atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a utilização de calcário para a produção de cimento, bem como os diferentes usos da terra, associados ao desmatamento e queimada são as principais causas do rápido aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. No entanto, os maiores estoques de carbono não são encontrados na atmosfera, mas sim, nos ecossistemas marinho e terrestre (vegetação + solo)..."

As florestas e a estocagem de carbono

Segundo Sedjo "As florestas oferecem grande potencial, em curto prazo, para remoção de CO2 da atmosfera. Ao contrário de plantas de ciclo de vida curto que morrem e se decompõem rapidamente, as árvores são indivíduos de ciclo de vida longo que acumulam carbono em sua biomassa."
A obtençao de estimativas confiáveis de estoque de carbono da vegeteção é essencial para estimar a quantidade de carbono, emitida ou seqüestrada, no tempo e no espaço (Higuchi et al., 2004). Esses mesmo autores, em um trabalho sobre a dinâmica de uma floresta primária da América Central, encontraram um incremento anual de 1,2 tC.ha-1.ano-1, encontrada por Philips te al. (1998).
 
Fearnside e Guimarães (1996), pesquisadores do Inpa, concluíram que quanto mais inicial o estádio sucessional, maior será a taxa de incremento de biomassa: uma floresta secundária com 10 anos de idade assimila de 6,0 a 10,0 t.ha-1.ano-1; com 20 anos de idade, a assimilação da floresta secundária varia de 4,0 a 7,0 t.ha-1.ano-1 e com 80 anos, a assimilação média anual cai para 2,0 t.ha-1.ano-1.
 
No caso de florestas plantadas, Paixão (2004) apresentou dados médios de produção de biomassa do tronco sem casca de eucalipto, com idade de 7 e 10 anos, iguais a 107,12 t.ha-1. Schumacher & Witschoreck (2004) em um inventário de carbono em povoamenos de eucalipto na região sul do Brasil, obtiveram um estoque de carbono aos 8 anos igual a 97,86 t.ha-1 .
 
Fonte : CIFlorestas