segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O REFLORESTAMENTO

Falar de mais uma área de especialização para um Engenheiro Florestal: REFLORESTAMENTO.

Essa sem dúvida é uma atividade muito visada para os profissionais em questão.
Reflorestar é plantar florestas em locais uma vez desmatados por algum motivo.
O reflorestamento pode se dar naturalmente através do tempo, mas de forma lenta. Ou de forma mais ágil, com interferência do homem. E aí entra o Engenheiro Florestal.
Para esclarecer um pouco como pode ser um trabalho de reflorestamento será citado dois exemplos: reflorestamento em Belém (natural) e reflorestamento em areial em Brasília com participação de alguns alunos e professores da UFG (antrópico).

Os alunos e moderadores do blog
 Bruno Vargas e Ana Carolina ao
lado da coordenadora Sybelle, da
empresária Rúbia Cristina e da
mestranda Melanie Forker
Sobre o primeiro caso, os moderadores do blog entraram em contato, através de uma amiga da empresa GAP (Gestão Ambiental e Projetos), com uma mestranda em Engenharia Florestal da Alemanha, Melanie Forker, que veio concluir sua pesquisa aqui no Brasil, no estado do Pará, através de uma bolsa da fundação Rosa Luxemburg de seu país. Ela já havia feito algumas visitas na Floresta Amazônica. Disse que participou do Congresso de Botânica que aconteceu em Manaus em 2010. Mas sua pesquisa em si, consistiu em observar várias áreas que estão sendo reflorestadas naturalmente em determinadas regiões próximas a Belém, depois do desmatamento da mesma na segunda metade do século XX, devido a seu desenvolvimento nesse período. Esse reflorestamento foi possível ser observado pois, há um tempo, o homem deixou de desmatar a região permitindo que a natureza fizesse seu trabalho. A pesquisadora também levantou uns dados de como era a região antes de ser desmatada para ser comparada com hoje a partir do reflorestamento que ocorreu. Foi evidenciado para isso um fator muito importante na característica de uma floresta: a distribuição das espécies baseada na ecologia de populações que aponta se determinadas espécies formam populações agrupadas, homogêneas, ou aleatórias. Além de fazer o levantamento desse reflorestamento, Melanie também disse ter conhecido novas espécies arbóreas que ocorrem no Brasil, as quais ela nunca vira ou ouvira falar antes. Além de tudo, Melanie Forker e Sybelle Barreira, coordenadora do curso de Engenharia Florestal da UFG, tiveram a oportunidade de se conhecerem na própria Universidade quando a mestranda, durante sua estadia em Goiás na empresa GAP, resolveu buscar mais informações para seus estudos visitando a Universidade, que abriga esse curso de graduação desde 2009, e forneceu os dados publicados neste post do blog aos moderadores do mesmo. Nessa visita a coordenadora forneceu novos caminhos de pesquisas muito importantes que Melanie ainda desconhecia, como ter contato com a Embrapa de Rio Branco que tem feito ótimos trabalhos.


Grupo de pesquisa da UFG para o Projeto "Reflorestamento e
Restauração no bioma Cerrado". Da esquerda para direita os
graduandos: Carlos Eduardo, Isis, Cristina, Daniel, Mayara e
Dennys; acompanhados dos professores Fábio Venturoli e
Francine Calil

Agora trataremos enfim do segundo exemplo de reflorestamento, que interessa mais aos floresteiros.

Um grupo de pesquisadores da UFG formado pelos graduandos Carlos Eduardo, Christina, Daniel, Dennys, Isis, Mayara acompanhados dos professores Engenheiros Florestais Fábio Venturoli e Francine Neves Calil foi a um areial do Distrito Federal para colher dados e fazer observações acerca do projeto “Reflorestamento e Restauração Florestal no bioma Cerrado que tem ocorrido na região a fim de recuperar a área desmatada pela exploração do minério. Foi feito basicamente um monitoramento das condições do solo nessas áreas exploradas e das mudas nativas do Cerrado plantadas em dezembro de 2010 da seguinte maneira:
    • identificação das espécies plantadas;
    • medição da altura e diâmetro das mudas;
    • verificação de mortalidades das plantas para fazer posterior troca;
    • verificação de ataques de insetos e parasitas;
    • observação de erosões no solo onde plantas serão plantadas a fim de reverter o problema;

Bem, espera-se que tenha ficado um pouco mais clara a importância do reflorestamento, principalmente para o mundo atual e futuro.

E a partir desses exemplos veja que um Engenheiro Florestal ou qualquer outro profissional deve sempre estar aberto a novidades. A graduação é o mínimo, é o primeiro passo. As futuras pesquisas e práticas profissionais que darão suporte ao conhecimento cada vez mais completo que deve sempre ser buscado.

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